sábado, 18 de outubro de 2008

Desde criança sinto frequentemente uma sensação de deslocamento, um “o que estou fazendo aqui?” que me persegue, desde que me entendo por gente. E olha que me entendo por gente desdo os 5 anos! Nas festas de natal em que tinha a família reunida me dava uma incômoda sensação de estranheza.
Isso, ocorreu-me hoje, quando fui a um pagode _ aliás em qualquer pagode que tenha ido _ percebi que queria ser resgatada por um príncipe (êpa, só há sapos ...) ou abduzida por ets( abduzida, não, só iria voltar pra casa...) .
Entre estranhas letras fúteis ( afinal o que seria da canção sem a futilidade) e a catarse proporcionada pelos funks da moda prontamente oferecido no intervalo, o que me resta?
Tentei sorrir, conversar ou olhar em torno e só consegui ver minha própria inadequação. Porque enquanto meu corpo tentava acompanhar estes ritmos, minha cabeça estava nas nuvens.
É que apesar de todo barulho que rolava fora de mim, mais altas cantavam as minhas canções, e embora tantas cores brilhassem em meu entorno, em meus sonhos mais cores há. Olha que eu nem usei ácido...
Foram dois ices e uma coca-cola, apenas. Bem que tentei me embriagar... Mas minha mente delirante as vezes é imune ao álcool, paciência.
Agora, já sei que grande parte da minha vida é buscar um lugar no mundo. Sei que num pagode não é. Acharei um canto (com duplos sentidos, por favor) que me caiba? Haverá neste mundinho ordinário um lugar onde eu me encaixe?
Ou caberá a mim, cigana errante, não achar um lugar no mundo... Somente procurá-lo...

2 comentários:

Dri disse...

Tem certeza q ñ rolou um ácido?? po, com ele eu tenho certeza q vc aguentaria o pagodão numa nice!! heheh
Bjim!

BETA disse...

Pois é, optei por um estilo de vida saudável, fazer o que? Bjs!